Vizinhos temem outro deslizamento em São Bernardo

Moradores da Rua Regente Lima e Silva e pais dos alunos da Emeb Professor André Ferreira, no bairro Ferrazópolis, em guia de São Bernardo, convivem há quase um ano com o medo de que o terreno atrás da escola deslize e atinja a instituição. Um acidente já foi registrado.

Em 2010, um cano de água da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) estourou e provocou deslizamento de terra e rompimento do muro da unidade, onde a Prefeitura realizava obra de contenção. Na época, o estacionamento foi interditado.

O problema é que parte do terreno íngreme ao lado da escola está coberta por lonas. Eles temem que, com a chegada das chuvas, outro acidente aconteça. “A apreensão vai aumentando. Basta cair um pouco de água para a terra vir abaixo”, afirmou a dona de casa Isabel Cristina, 41 anos, mãe de duas filhas.

Para outra mãe de aluno, a dona de casa Priscila de Cássia Corazzi, 35, o caso é de irresponsabilidade da administração. “Os estudantes chegaram até a ficar sem aula. Pensei que tudo seria solucionado, mas vai completar um ano, e nada.”





O terreno pertence à AES Eletropaulo. À época, Prefeitura e a Sabesp afirmaram que o vazamento teria sido causado por funcionários contratados pela empresa que realizava a construção de uma passarela. Os empregados teriam ajudado a escorar o morro, desviar a água e colocar lonas na área.

Para o morador Milton Mistrão, 61, não adianta a Prefeitura investir na reforma da escola, como fez em 2008, e outras obras – construção de muro de arrimo, sistema de canaleta, escadas hidráulicas e drenagem do terreno, com recursos de R$ 1,8 milhão – se não for concluir a contenção. “Precisa passar um ano para que alguém tome providência. É um jogando a culpa para o outro e todos correndo risco. Se a terra deslizar, não vai ser apenas a escola prejudicada, mas toda a rua.”

A Prefeitura informou a AES Eletropaulo precisa realizar intervenções no local para que a parte de terreno possa receber serviço de contenção e recomposição de aterro. Já a concessionária disse que realizou reunião com a administração e aguarda laudo, que o município teria se comprometido a elaborar, sobre a responsabilidade do caso. Questionada, a Prefeitura não se pronunciou sobre o documento.

Fonte: Diário do Grande ABC





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