S.Bernardo é campeã em reclamações do transporte

Os sistemas de transporte municipal de São Bernardo, São Caetano, Cidade de Diadema e Mauá receberam, entre janeiro e outubro, 5.565 reclamações de usuários, o que equivale a cerca de 18 queixas por dia. Entre os problemas mais frequentes estão descumprimento de horário e mau atendimento.

O número total se manteve estável em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram registrados 5.551 protestos.

A cidade que teve maior quantidade de críticas foi São Bernardo, com 4.922 registros, o que equivale a 10,2 reclamações por 100 mil passageiros. As linhas 17 (Vila São Pedro/Rudge Ramos) e 38 (Taboão/Terra Nova II) foram as campeãs. O total de queixas é 3,5% maior do que o de 2011, com 4.753 casos.

São Caetano teve 255 protestos protocolados – 46,3% menos do que os 320 do ano passado. Mesmo assim, a cidade fica em segundo lugar na proporção, com 3,9 queixas para cada 100 mil passageiros transportados. A linha Circular Santa Maria/Osvaldo Cruz é a mais reclamada.

Mauá e Diadema registraram as menores taxas . O Diário procurou as prefeitura de Santo André, Prefeitura Ribeirão Pires e Prefeitura Rio Grande da Serra ao longo de três semanas, mas as administrações omitiram as informações.

Segundo dados divulgados no início de novembro pelo Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, São Bernardo e São Caetano têm os ônibus mais antigos da região. Em São Bernardo, 28% da frota têm idade média superior a dez anos. Em São Caetano, 17% dos coletivos rodam há pelo menos uma década.

Nas ruas, a principal reivindicação é para que sejam colocados mais veículos em circulação. “Moro no Areião e utilizo a linha 32-A. Chego a esperar 1h45 pelo ônibus, que deveria passar a cada meia hora”, critica a dona de casa Arenita Nunes, 57 anos, de São Bernardo.

Já o caminhoneiro Eduardo Cabral da Silva, 50, reclama do desconforto nos veículos da mesma cidade. “Os ônibus são muito velhos, caindo aos pedaços. Além de serem barulhentos, quebram com frequência.”





A SBC Trans informa que os atrasos nas partidas se devem aos congestionamentos nas principais avenidas e promete melhorias no sistema, A Vipe (Viação Padre Eustáquio), de São Caetano, foi procurada, mas não se manifestou.

Diadema registra menor índice de críticas

O sistema municipal de transporte de Diadema registrou a menor quantidade de reclamações na comparação com os demais municípios da região, tanto em números absolutos quanto na proporção. De janeiro a outubro deste ano, passageiros reclamaram 73 vezes – queda de 46,3% na comparação com o mesmo período de 2011. O total de queixas protocoladas em 2012 equivale a 0,38 para cada 100 mil passageiros.

Para o secretário de Transportes da cidade, Ricardo Perez, a redução se deve à renovação da frota municipal. No fim do ano passado, as empresas Mobibrasil e Benfica assumiram as linhas que eram operadas pela Imigrantes e ETCD, respectivamente. “Com os ônibus novos, praticamente não há problemas mecânicos. Com isso, não há atraso de partida”, avalia.

Perez destaca também a utilização de tecnologias nos coletivos, como câmeras e rastreamento por GPS. Do total de registros, 50 foram contra a Mobibrasil e 23 direcionadas à Benfica.

A líder de departamento Rosilene Amaral, 29 anos, reconhece a diferença no transporte local para o de outras cidades. “Pelo que vemos por aí, aqui em Diadema é bem melhor. Mas a qualidade irá melhorar ainda mais se colocarem mais ônibus na rua.”

Em Mauá, usuários protocolaram até outubro 315 queixas – o equivalente a 0,99 por 100 mil passageiros. O número é 7,9% menor do que no mesmo período do ano passado. Descumprimento de horário foi a principal causa. Enquanto a Viação Cidade de Mauá recebeu 200 críticas, a Leblon registrou 115.

Como justificativa, a Leblon, operadora do Lote 2, aponta problemas no trânsito e eventualidades como acidentes e alagamentos. A companhia diz que “trabalha constantemente para a melhoria dos serviços” e que realiza estudos para aperfeiçoamento de itinerários e horários. Representantes da empresa que opera o Lote 1 não foram localizados pelo Diário.

Fonte: Diário do Grande ABC





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